"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem , mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios - na língua principalmente -, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer."
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E, como se não bastasse, resta-nos o resignar-se com o fato de que no momento em que se fala sobre o que se é, já não se é mais. O que se era também deixa de o ser lentamente.
E como te disse no teu blog, Aninha, reescrevo o que disse Arnaldo:
"O que (se)foi é (s)ido."
hã?!?!?!?!
0.o
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