segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem , mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios - na língua principalmente -, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer."

3 comentários:

Ana Paula disse...

E, como se não bastasse, resta-nos o resignar-se com o fato de que no momento em que se fala sobre o que se é, já não se é mais. O que se era também deixa de o ser lentamente.

Aline Oliveira disse...

E como te disse no teu blog, Aninha, reescrevo o que disse Arnaldo:

"O que (se)foi é (s)ido."

Mr. Guima disse...

hã?!?!?!?!

0.o