segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Hoje é um daqueles dias em que muitas pessoas dizem que é só mais um dia capitalista. Parece que essas nunca tiveram infância!
Ora! Quem nunca ficou contando nos dedinhos o dia de ganhar um ou vários brinquedos e abraços da família? Aguardando o tão esperado dia de pipoca, guaraná, bolo de chocolate... Até o dia tem cheirinho de doce!
Tenho saudades da minha infância. Brincava nas "portas dos outros" ( rs), de esconde-esconde, de pega-pega e de sempre ter sido a café-com-leite por ser a mais lerdinha! Fui filha única até meus dez e não desejo isso nem ao ( se existisse) meu pior inimigo! Coisa chata isso de não ter ninguém pra te acobertar ou te dedurar, de não ter com quem compartilhar e comparar seus presentes, de não ter uma cama pra fugir quando tiver pesadelos...
Saudade, saudade, saudade!
Contudo, o que importa é que mesmo tendo problemas de gente grande, mesmo não sendo Peter, posso ser Wendy. Criança grande com espírito pueril.
E Nossa Senhora Aparecida? Como é que fica?
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Meus treze anos
Since I Don't Have You
I don't have plans and schemes,
And I don't have hopes and dreams.
I, I, I don't have anything,
Since I don't have you.
And I don't have fond desires,
And I don't have happy hours.
I don't have anything,
Since I don't have you.
Happiness and I guess
I never will again.
When you walked out on me,
In walked old misery,
And she's been here since then.
Yeah, we're fucked!
I don't have love to share,
And I don't have one who cares.
I don't have anything,
Since I don't have you.
Quando tinha doze ou treze anos, uma vizinha me apresentou o G N' R. Foi amor à primeira vista! Meu inglês era ainda na epoca um bom embromation, mas tinha pôesteres com letras de músicas traduzidas e eu as cantava com aquela propriedade! rs Músicas que falavam de amor, de dor, de guerra - e mal de mulheres, mas essa parte pula! ¬¬.
Ah... Meus treze anos!
Lembro-me indo para a praça aos domingos com as calças rasgadas de meu pai, camisão e havaianas ( com a palmilha virada, pois não existiam ainda as Flash), achando que estava causando! Mas eu tenho o que contar ao meu filho quando estiver adolescente!
Ontem estava pelas Americanas em busca do brinquedinho do meu fofinho e alguém me tocou nas costas mostrando-me o DVD do Guns e do Roxette ( sobre essa eu falo depois) e me disse: "Lembra? Achei a sua cara!". Sabe das coisas esse garoto.
À noite ouvia os sons da guitarra de Slash e os gritinhos orgásticos de Axl com um sorrisinho de canto de boca...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
As cores
"As cores acabam azuis. Quando as lâmpadas ainda não foram acesas e a nuvem da noite vem cobrindo as folhas lenta, do mar até a serra. A fumaça desfoca os objetos que não se movem. A luz bate na pele das coisas gerando essa camada membrana película chamada cor. Saliva sobre a língua. Às vezes elas parecem vir de dentro das coisas: As cores dos lápis de cores. Linguagem. Para que haja vermelho é preciso muito branco. As cores se transformam quando se encostam. Laranja, rosa, cor-de-laranja, cor-de-rosa. Amanhecer. As cores costumam arder antes de esmaecer. Quando esfriam, o espaço entre elas e as coisas diminui. E borram quando transbordam. Os verdes maduram vedo. As luzes apagam preto. As cores começam azuis, dentro dos casulos brancos. Flores para elas."
ANTUNES, Arnaldo.
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