quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sono. Choro.Chocolate. ( Vontade de ) Colo. Mais choro. Música. Malhação. Outro choro. Vozes que gritam na sua mente tudo o que você não precisa ouvir. Não quer ouvir. Não precisa lembrar. 
Voltar a uma era que lhe dilacera é uma máxima. Você não as quer ouvir, não as deseja, mas essas lhe perseguem como sementes buscam o vento. E você sabe o porquê. Suas respostas estão em suas escolhas. Essas mesmas que te fazem rir e chorar. O ir e vir de ondas de dor que lhe percorre o corpo.
E você sabe que as palavras em segunda pessoa do pretérito perfeito não são feitas de amor, mas de desejo - que não é pra você. O que lhe é delegado são as trivialidades da vida laboral, dos problemas quase existencialistas que não lhe são transmitidos, mas continuam ali, pra você.
Um café? Sim, por favor. Numa livraria, de preferência - aquele lugar cheio de pessoas que passeiam pelas letrinhas, viajam nelas, juntamente com as superficiais, que apenas figuram ali o holograma dos apreciadores de boa leitura. Encaixar-te-ias em meio aos vultos? Talvez.
O importante é  que a vida deve ser matéria de música ( "Quando você vai entender?" ). O devir de quase duas décadas tão perceptível está diretamente proporcional ao insistir do que não era pra ser que permanece.
Porque palavras em segunda pessoa do pretérito perfeito não são feitas de amor. Hamartia.

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